sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Operação da Prefeitura no Centro deixa ambulantes revoltados

Bananas, tomates, cebolas, peixes e outros alimentos ficaram jogados em via pública.
  Vendedores de frutas e verduras afirmaram que foram agredidos por guardas municipais e PMs.
Manaus - Uma confusão tomou conta da Avenida Epaminondas na noite desta quinta-feira (29), em frente a praça da Matriz, no Centro. Durante uma operação da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab), centenas de ambulantes que vendem frutas, verduras e peixes em carrinhos de mão se revoltaram, segundo eles, com a abordagem dos fiscais e da polícia.
Bananas, tomates, cebolas, peixes e outros alimentos ficaram jogados em via pública. O ambulante Keven Xavier Duarte, 17, contou que tentou não sair de perto do seu carrinho para não perder a mercadoria, mas, de acordo com ele, foi agredido para sair.
Segundo ele, agentes da Guarda Municipal e da Polícia Militar que estavam no local dispararam tiros com bala de borracha, soltaram bombas lacrimogêneas e utilizaram spray de pimenta para agredir as pessoas. "Eles já vieram agredindo com cassetete, tentando fazer com que as pessoas  soltassem seus carrinhos. Quem não largava ele continuavam batendo", contou o rapaz, que disse ter sido atingido com duas bombas uma na perna e outra na mão. Várias pessoas também relataram agressão física.
A também autônoma Maria Francisca da Silva Lima, 29, conseguiu segurar sua mercadoria, mas está inconformada com a situação em que se encontra. "A gente precisa se manter, por isso estamos aqui. Quando o Amazonino entrou na prefeitura ele nos prometeu uma feira. Só queremos uma feira pra trabalhar, não queremos fazer baderna", esclareceu ela.
O secretário da Sempab, Rogério Vasconcelos, disse que há 40 dias eles estão conversando com os ambulantes daquela área para que eles procurem se regularizar e consigam o direito de vender em locais adequados. "Eles vendem peixes sem procedência e frutas de qualidade duvidosa. Além de estarem colocando em risco a saúde das pessoas estão atrapalhando o direito de ir  e vir dos cidadãos naquela área", declarou o secretário.
Ele informou que a ação de hoje pretendia não repetir o que aconteceu na semana passada, quando, revoltados, os ambulantes destruíram um veículo do órgão. "Hoje tivemos que levar a Polícia Militar para evitar que eles reagissem da mesma maneira, o que não aconteceu", ressaltou. Quanto as agressões relatadas, o secretário disse que a Guarda Municipal e a polícia só apenas reagiram as agressões.
Vasconcelos, disse, ainda, que os vendedores que procuraram a secretaria para se cadastrar não foram retirados da área. "Esses que não têm autorização estão depreciando o centro da cidade e marginalizando a figura dos verdadeiros ambulantes". Ele informou que 12 carrinhos foram apreendidos

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