Lideranças comunitárias também criticam secretários no Amazonas
Lideranças comunitárias e voz das ruas concordam com as queixas do governador Omar Aziz (PSD) de que é difícil tratar com secretários
Omar quer o povo próximo a seu governo; “Temos pressa. E se eu tenho pressa, aqueles que estão nos assessorando tem que ter o mesmo pensamento”
Populares, líderes comunitários e representantes de classes ouvidos por A CRÍTICA, no final de semana, endossaram as cobranças feitas pelo governador Omar Aziz (PSD) ao seu secretariado por mais trabalho, humildade e aproximação com o povo.
Com as cobranças feitas, na semana passada, em eventos públicos, Omar expôs a insatisfação com seu primeiro time de auxiliares, herdado da administração do seu antecessor, o hoje senador Eduardo Braga (PMDB).
“Eu não estou irritado. Eu quero é que o Governo comece”, declarou o governador na última sexta-feira. A autônoma Clotilde Ataíde de Souza, 41, afirma que já levou muito “chá de cadeira” em busca de atendimento em secretarias. Por isso, segundo ela, o governador tem razão ao reclamar.
“Você vai a uma secretaria, agenda uma reunião, mas, quando chega o dia, falam que o secretário viajou”, contou Clotilde, que preside a Associação de Pais e Mestres de uma escola no bairro Cidade Nova, na Zona Norte de Manaus.
Entre as críticas disparadas pelo governador ao seu secretariado, está a situação exemplificada por Clotilde. Omar chegou a declarar que é mais fácil falar com ele do que com um dos seus secretários.
“Eu não. Eu vou lá conversar com as pessoas. Saio do meu lugar. Não fico no pedestal”, disse o governador, que acrescentou ainda: “A gente nomeia o secretário, aí ele se acha maior que todo mundo”.
SERVIDOR
O agente de endemias Jurandir Araújo, 43, diz que o acesso que tem a alguns secretários só é facilitado pelo fato de ser funcionário público.
Jurandir divide-se entre o funcionalismo público e a presidência do Conselho Comunitário das comunidades Zumbi dos Palmares e Grande Vitória. “Mas os meus colegas de movimentos sociais têm dificuldade. Porque não pode priorizar uns e outros não”, afirmou.
Para a comerciante Regiane dos Santos Oliveira, 33, cada secretário deveria abrir um espaço na agenda para atender ao público. Com a ajuda da comunidade, Regiane é presidente e mantém uma Escola Solidária na comunidade Santa Luzia, no bairro Japiim 1, Zona Sul.
“Toda vez que você vai a uma secretaria pega chá de banco”. “Deveria ter uma meta para atender um número de pessoas por dia”. Na última sexta-feira (2), e terceiro dia seguido de críticas, Omar disse que a falta de união e o excesso de burocracia no ‘modus operandi’ de secretários emperra as ações do Governo.
“Temos de acabar com memorandos. Agente fala: ‘Secretário, fulano de tal está aí'. Já mandei o memorando”. E haja o povo esperar. Temos pressa. E se eu tenho pressa, aqueles que estão nos assessorando têm que ter o mesmo pensamento. Quem não estiver com pressa vá para casa“, disse o governador.
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