Dezenas de moradores do bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste de Manaus, se reuniram na noite desta quinta-feira (5) para discutir a segurança do local. A morte de Diego Trindade no último dia 26 de dezembro, o terceiro homicídio em menos de um ano, e a série de seqüestros e assaltos que acontecem no bairro motivaram os moradores a organizarem uma manifestação que pretende fechar por alguns minutos o cruzamento das Avenidas Dom Pedro e Pedro Teixeira na manhã da próxima segunda-feira (9).
Aproximadamente 50 pessoas se reuniram na sede da Associação dos Moradores do Dom Pedro, localizada na praça em frente a Cavalaria da Rocam, para desabafar e buscar soluções para a segurança do bairro. Relatos de assaltos, sequestros e mortes estiveram presentes durante todo o encontro que teve duração de quase duas horas.
A reunião, organizada pela Associação de Moradores e o deputado estadual Marcelo Ramos (PSB), acontece mensalmente há mais de três anos, mas o crescimento da violência no local tem provocado o aumento da procura de soluções por parte dos moradores, que mostraram indignação.
“Nosso filho tem que ficar trancado em casa, por quê? Quando as pessoas que tem dinheiro sofrem algum tipo de violência no outro dia todos estão presos. Qual é a diferença entre eles e a gente?”, questiona Rosi Campos, moradora há mais de 20 anos do bairro, lembrando a demora nas investigações relacionadas a morte do professor de jiu-jítsu, Diego Trindade.
O comandante da 10ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), major Raimundo Targino, relatou a dificuldade que a companhia tem em realizar a patrulha do bairro. “A segurança no bairro não depende só de mim. Atualmente nós contamos somente com 22 policiais para fazer patrulha na Alvorada e no Dom Pedro é pouca gente”, completou.
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