O Brasil não é o país do Carnaval. Isso já foi constatado por uma pesquisa publicada na revista Veja, realizada pelo Instituto Sensus em todo o Brasil. Segundo a pesquisa, 57% dos brasileiros não gostam de carnaval. O mesmo levantamento mostra que apenas 21% pretendem brincar nas ruas e nos clubes, ou viajar para brincar no Carnaval. Praticamente a metade do país (49%) quer mesmo é “descansar em casa” durante a polêmica festa. Outros 6% querem viajar ou ir para retiros Espirituais(Acamapamentos) – mas, novamente, para repousar. Mas, a minoria que gosta ampara-se no respaldo cultural, como se os costumes do passado legitimassem para sempre uma festa que já não tem tanta importância. Provavelmente foi com base nessa legitimação cultural que, há décadas atrás, Dorival Caymmi compôs a canção “Samba de minha terra”, em que diz que quem não gosta de samba não é bom sujeito, é ruim da cabeça ou doente do pé. Bem, mas Caymmi estava enganado, pois temos muitos brasileiros honrados que nem são ruins da cabeça, nem doentes do pé, são bons sujeitos, e simplesmente não gostam nenhum pouco samba, muito menos de Carnaval. Acontece que a minoria se vale de algo praticado no passado para legitimá-lo no presente, mas a sociedade muda, e se antes o Brasil era o país do Carnaval, não podemos dizer o mesmo de hoje. Então, já que essa festa é a maior festa brasileira, e a mais preocupante para a população e para a polícia também, vamos novamente tratar o tema, como de praxe, mas desta vez antes da festa acontecer. Será que o Brasil, que não é, pelo número de adesão, o país do Carnaval, deve dar uma atenção tão grande a essa festa, colocando-a numa data que proporciona o máximo de dias feriados possíveis? Não, pois, sejamos francos, o Carnaval, pelo número de seus adeptos, não merece mais que um dia de feriado.
Maioria da população Brasileira diz que: Não é preciso Carnaval para ser feliz
Muitos ingenuamente acreditam que o Carnaval é símbolo de felicidade e alegria, enquanto todos os que são contrários a ele são tristes e melancólicos. Nada mais ingênuo e pueril, difícil de vir de uma pessoa realmente adulta. Quer dizer que as pessoas só são felizes durante o Carnaval? Seria muito triste ser feliz durante uma festa e infeliz durante todo o resto do ano. A felicidade real não está presa a um momento de descontração, mas está dentro de quem sabe viver os momentos bons e suportar as dificuldades com fé, sem se deixar esmorecer. Esse conceito de felicidade circunstancial está mais que batido e não condiz com o viver daqueles que realmente são felizes. Muitos são felizes todos os dias, pobres ou ricos, enfrentando a realidade da vida e não fugindo dela ou escondendo-se nas drogas. Precisamos sair da felicidade fantasiosa e fazer por onde conseguir a felicidade real. Assim seremos um país mais sustentável moral e até economicamente.
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