MANAUS – Meio dia e meia, sol escaldante e a dona de casa Maria de Fátima espera o ônibus para ir ao trabalho. Todos os dias, ela repete a rotina em uma parada de ônibus sem cobertura. Para tentar se proteger do sol e da chuva, é preciso que ela e outros moradores se abriguem em um pequeno mercado ao lado do ponto de ônibus. A equipe do portalamazonia.com percorreu as ruas Campo Grande, Mira Selva e Gurupi do bairro Redenção, e constatou que nenhuma delas possuía parada de ônibus cobertas. Em outras não havia nem mesmo placas de sinalização.
Assim como dona de casa Maria de Fátima, a professora Marlucia Reis, 50 anos, também enfrenta diariamente o problema da falta de infraestrutura. Há 18 anos a professora vem da Alvorada para lecionar na Redenção. “Durante todos os anos que trabalho no bairro a situação nunca mudou. A única alternativa é esperar o ônibus em baixo dos comércios”, disse Marlúcia. Situação parecida com a da comerciante Aparecida da Silva Araújo, moradora há 20 anos da Rua Campo Grande. “Várias vezes já perdi o ônibus porque estava do lado oposto da parada, tentando fugir do sol”, reclamou.
De todas as rua visitadas pela reportagem, a rua Gurupi foi a única com uma parada coberta. A estrutura, no entanto, não ameniza o problema, já que o telhado do ponto está em condições precárias. “Quando chove a parada alaga por completo, e é impossível ficar na parada”, disse a cozinheira Ana Claúdia Ribeiro, outra moradora da Redenção e usuária do transporte coletivo.
Sobre o problema, a Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) informou que já iniciou um levantamento sobre a situação do local. Após o estudo, as paradas serão construídas e reformadas, com pintura, colocação de telha e cobertura. A pasta ressaltou somente que para realização das obras é necessário, no mínimo, 3 metros de distância entre as casas e o meio fio.
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